Próximo Evento

Próximo Evento
Próximo Evento

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estética Relacional", e "Pós-Produção", de Nicolas Bourriaud.

Obras fundamentais sobre a produção contemporânea, no entanto, chegam atrasadas ao país
Finalmente, dois livros fundamentais sobre a produção contemporânea em artes plásticas são publicados no Brasil: "Estética Relacional", de 1998, e "Pós-Produção", de 2004, ambos do crítico e curador francês Nicolas Bourriaud.


O primeiro, já um clássico, é dos poucos livros que olha a produção dos anos 90 sem preconceito, por alguém que acompanhou de perto toda uma geração, especialmente como curador, e conseguiu traçar linhas comuns. No geral, livros com tal ambição estão mais ocupados em detratar a arte contemporânea em vez de compreendê-la.Em 1998, Bourriaud partiu de um grupo de artistas, hoje quase todos estrelas de grandes mostras ou bienais, como Dominique Gonzalez-Foerster, Pierre Huyghe, Rirkrit Tiravanija e Maurizio Cattelan, e percebeu que, em todos, a ideia de arte como um campo de trocas é comum. Com isso, o crítico francês chegou à definição da estética relacional como "uma arte que toma como horizonte teórico a esfera das relações humanas e seu contexto social mais do que a afirmação de um espaço simbólico autônomo e privado".Tal conceituação amparou-se ainda na produção de artistas que se tornaram referência nos anos 90, como o cubano Felix Gonzalez-Torres, e os americanos Gordon Matta-Clark e Dan Graham, entre outros.Não à toa Bourriaud foi um dos conferencistas da 27ª Bienal de São Paulo, "Como Viver Junto", de 2006, que exibiu vários dos artistas abordados em "Estética Relacional". Centrada nas ideias de Hélio Oiticica, contudo, a própria Bienal tornou clara uma das deficiências centrais da produção de Bourriaud -seu total desconhecimento da obra de Oiticica, um precursor da arte como estado de encontro, um dos pilares da estética relacional.Já o livro "Pós-Produção", mais recente, continua o raciocínio de "Estética Relacional" sob nova ótica. Enquanto no primeiro volume o foco está no aspecto de convivência e interação da arte contemporânea, o segundo trata das formas de saber que constituem essa produção, especialmente aquelas vinculadas à estrutura em rede da internet, que geram um infinito campo de pesquisa para os artistas.Reorganizar elementosAssim, as práticas contemporâneas não estariam mais preocupadas com a ideia de original, singular, e sim em como reorganizar elementos já existentes, dando a eles novos sentidos, o que, obviamente, tem uma relação forte com os "ready-mades" de Marcel Duchamp, cuja "virtude primordial", segundo o autor, é o estabelecimento de "uma equivalência entre escolher e fabricar, entre consumir e produzir".Esse procedimento pós-produtivo, então, seria a marca fundamental do processo de produção contemporâneo. Essas ideias de Bourriaud, contudo, já fazem parte da recente historiografia da arte contemporânea e influenciaram a organização de várias mostras pelo mundo. Aqui elas chegam um tanto atrasadas.Tanto que, há duas semanas, o próprio Bourriaud encerrou sua curadoria na Trienal da Tate, denominada "Altermodern", criando aí uma nova forma de pensar a produção contemporânea.Não há dúvida de que Bourriaud é dos poucos que não têm medo de pensar a arte hoje. A questão é que ele transforma sua reflexão na mesma velocidade das estações de moda o que, afinal, é mesmo um sintoma desses tempos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DIADEMA DANÇA 2010

Nucleo EXPRESSOES participa da mostra DIADEMA DANÇA com seus 2 primeiros trabalhos, Aurora e Cinegetico.

Membros do grupo estarao presentes na exibiçao e estarao abertos para bate papo e trocas artisticas.
Compareçam!

Companhia de Danças da cidade é uma das atrações



O Centro Cultural Diadema receberá do dia 21, quinta-feira, até o dia 24, domingo, bailarinos e amantes da dança no festival "Diadema Dança 2010". A mostra de dança, em sua 6ª edição, reúne as várias manifestações artísticas do município. O evento de quatro dias, organizado pelo Ponto de Cultura Bailando na Cidade, oferece à comunidade apresentações de dança reunindo diversos trabalhos coreográficos com grupos, trios e solos. A entrada é gratuita.



Identificada como uma das linguagens artísticas com grande participação na cidade, a dança recebe uma atenção especial dentro das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Cultura do município. A criação do Ponto de Cultura Bailando na Cidade exprime este sentimento e permite potencializar as ações voltadas com o propósito de difundir e fortalecer a dança no município. Além de oferecer aos grupos envolvidos possibilidades na área da formação, busca a integração das diversas modalidades e a inclusão dos artistas em eventos e projetos da região.



A organização do festival conta com o apoio da Companhia de Danças de Diadema. A Companhia nasceu em 1995 a partir de um convite feito pela Prefeitura de Diadema a bailarinos que pudessem formá-la e também atuar nos centros culturais da cidade como professores de dança ou arte educadores. O projeto que nasceu da união entre o poder público local e um grupo de artistas encabeçado pela bailarina e coreógrafa Ivonice Satie (1951/2008). Assim começou a Companhia de Danças de Diadema e o Programa de Difusão e Formação em Dança.



Os bailarinos da Cia de Danças apresentarão uma de suas coreografias durante o evento. O espetáculo "Meio em Jogo" fará parte da programação do dia 22, sexta-feira. Com a participação direta do público, o espetáculo aborda as diversas situações de disputa e competição do ser humano. Inspirados pela técnica dos "clowns", o jogo cênico dos dançarinos representará não só os jogos na própria arte (como os jogos de movimentos), mas também no amor e nos caminhos pessoais. A direção geral fica por conta de Ana Bottosso, que também é bailarina e coreógrafa, e a concepção e direção coreográfica ficam sob a responsabilidade de Ivan Bernardelli e Francisco Júnior.



Confira a programação:



Dia 21, quinta-feira, às 20h



- "Mundra Damere " com Lilia Reis
Direção e concepção: Lilia Reis



- "Fecho os olhos e fico invisível" com Centro de Dança de Santo André
Orientação: Alessandra Fioravanti / Fabiana Villas Boas



- "Ciranda da Bailarina" com Arlene Ramos
Participação do grupo Almanaque com Gera Martins, Alexandre Verderio, Marco Tadeu, participação especial de Silvana Moura



- "Shake it Miss Lucifer" com Silvana Bowie
Nome da performance: Shake it baby



- ´´Fragmentos´´ com Claudia's  Ballet
Direção artística: Claudia Santos






Dia 22, sexta-feira, 20h



- "Meio em Jogo" com Companhia de Danças de Diadema 
Direção geral: Ana Bottosso



- "Lacuna_Instantes sem Duração" com Coletivo MR - Dança, Corpos e Criação /Projeto Mão na Roda
Criação e Interpretação: Andrea Pestana, Jaqueline Souza



- "Amor Negro" com Companhia de Dança NR
Direção e Coreografia: Nilson Rodrigues
Texto e Roteiro: Ademir Antunes



- "Estas Mãos" com Arlene Ramos
Participação Especial de Alberto Chagas, com a Poesia de Cora Coralina.



- "Aquarela do Brasil" com o Grupo Cambret



- "Canal" com Attos Escola de Dança
Direção: Nilson Rodrigues e Penélope Hartvite
Coreografia: Nilson Rodrigues






Dia 23, sábado, 18h30



- "Entre Princesas e Fadas" com Grupo Óriun 
Organização Geral: Juliana Lim e Zezinho Alves



- "Fragmentos" com Claudia's Ballet



- "Tempestade num Copo D'água" com Magic Break Dance



- "São Paulo, o Estado das Faces" com Núcleo de Dança Movimento e Sabedoria
Coreógrafas: Jaqueline Lima, Solange Maria



- "A Ilha do José" com Grupo Danceato (trechos)
Direção Geral: Ana Bottosso
Concepção coreográfica: Ana Bottosso e elenco






Dia 24, domingo, às 19h



- "Desconstrutivismo" com Afrobreak 
Coordenação Geral: Gerson Cardoso



- "A Ilha" com Coletivo MR - Dança, Corpos e Criação / Projeto Mão na Roda 
Intérpretes- criadores: Hélio Feitosa, Mufid Hauach



- "Asa Branca" com Arlene Ramos
Participação especial do Grupo Seresteiros de Diadema com música de Luiz Gonzaga.



- "Dança Cigana" com Estrela Gitana
Direção: Lilia Reis



- "Abdução - Novos Relatos" com Grupo Art´e...
Direção Geral: Renato Alves



- "Dança sem Fronteiras" com Lilia Reis, Silvana Bowie, Arlene Ramos, Lucilene Santos






Diadema Dança 2010
Dias 21, 22, 23 e 24 de outubro



Centro Cultural Diadema
Rua Graciosa, 300 - Centro
Tel.: 4056-3366



Via: Prefeitura de Diadema






Leia mais: http://guiadediadema.net/cultura/out10-festival-diadema-danca-2010-reune-artistas-regionais.html#ixzz136OGMjdk



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Em 1998, o crítico e curador francês Nicolas Bourriaud publicou "Esthétique Relationnelle" (estética relacional), um livro que abordava o método de criação de um grupo de artistas influentes nos anos 90, entre eles Rirkrit Tiravanija, Dominique Gonzalez-Foester, Marcel Broodthaers e Felix Gonzalez-Torres.

Traduzido em 12 línguas, o livro, que se tornou uma das melhores formas de observação da produção contemporânea, vê a arte como "um estado de encontro" e a essência da humanidade como "puramente trans-individual, feita por vínculos que conectam as pessoas em formas sociais, invariavelmente históricas". Em resumo, a arte contemporânea discute "como viver junto", justamente o título da Bienal de São Paulo.

Na última terça, Bourriaud, que já foi diretor do Palais de Tokyo, em Paris, e é curador da Bienal de Moscou, falou no quinto seminário da mostra, "Trocas". Lá, a curadora Lisette Lagnado explicou que chegou ao "como viver junto" a partir das propostas dos anos 60 e 70 de Hélio Oiticica (1937-1980), artista que não consta do livro do francês. Apesar de partirem de princípios distintos, ambos, Lagnado e Bourriaud, chegaram a conceitos parecidos, usando artistas históricos como referência. Leia a seguir, porque o passado é tão importante, segundo o curador.

Folha - O que você achou desta edição da Bienal?

Nicolas Bourriaud - É uma bienal muito boa, pois ela resume o que está acontecendo nas artes desde o início dos anos 90 e com um claro ponto de vista histórico. Em 1996, eu curei uma mostra com o mesmo tema, chamada "Trafic", incluindo Maurizio Catelan, Gabriel Orozco, entre outros. Naquela época, eles não eram conhecidos, mas foi importante, porque ali se cristalizou uma situação que passaria a ser dominante a partir de então. Foi a primeira exposição que partiu da idéia de "relação" como tema, e há muitas variações desse tema que podem ocorrer, não quero brigar pelos direitos autorais dele, pois ele veio da observação do mundo da arte, eu apenas busquei encontrar um ponto comum.

Folha - E quando você tomou conhecimento de que Oiticica também podia ser inserido neste grupo?

Bourriaud - Houve uma boa mostra sobre Oiticica em Paris [galeria nacional do Jeu de Paume, 1992], e foi quando suspeitei que havia outro artista que podia ser incluído na estética relacional, antes mesmo da criação desse conceito, como o que fiz com Gordon Matta-Clark no livro. Há outro artista, o Tom Marioni, que vive em São Francisco e, em 1917, fez o trabalho "Beber Cerveja com os Amigos É a Mais Alta Forma de Arte", que é muito próximo do que faz Tiravanija, hoje.

Folha - Essa obra, aliás, estava na Bienal de Lyon, que você organizou no ano passado. Você, então, acha válido apresentar trabalhos históricos, como ocorre na Bienal de São Paulo, com Matta-Clark?

Bourriaud - Acho muito importante lutar contra a amnésia! Da mesma forma que as vanguardas radicais do início do século 20 foram baseadas na idéia de futuro, é muito possível que a modernidade do século 21 (eu não gosto do conceito "pós") seja baseada em leituras do passado.

No século passado, o futuro era o modelo de leitura do presente, hoje, talvez, o passado seja o modelo de leitura. Isto ocorre por conta da padronização do planeta, que apaga a memória, e a melhor forma de lutar contra isso é não voltar ao passado, mas ler o passado no presente, buscar novos itinerários no passado e isso é muito importante. Busquei fazer isso em Lyon e vejo isso em SP.

Folha - No seminário você disse que as artes plásticas haviam tomado o lugar do cinema que, nos anos 60 e 70, era quem trazia novidades. Por quê?

Bourriaud - Primeiro, por razões econômicas. Produzir e apresentar um vídeo numa galeria é muito mais barato que realizar um filme para o circuito internacional. A economia, no mundo da arte, é muito mais fácil para esse tipo de projeto. Há cineastas como Chantal Akerman ou Amos Gitai, entre outros, que agora participam de mostras. É um novo fenômeno, que possibilita um novo tipo de relação, de produção rápida e barata.

Folha - Um dos membros do Jamac, também na Bienal de São Paulo, disse que agora acreditava ser possível transformar o mundo só pela arte...

Bourriaud - É o mesmo fenômeno. Arte é o lugar da experimentação. Onde há qualquer espaço para experimentação na política? Arte, de certa forma, é sempre mediação do mundo. Mesmo que seja usada a escala 1:1, será sempre diferente da realidade, porque é arte. É possível experimentar porque arte lida com algo que poderia ser realidade, mas leva os participantes para um outro domínio, um outro campo, dando várias possibilidades que a política não permite mais.


Especial

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


 O Acervo Mariposa é uma videoteca pública especializada em dança, gratuita e sem finalidade lucrativa. http://www.acervomariposa.com.br/

Entre os dias 28 de setembro a 02 de outubro de 2010 promove a Mostra HIPERCORPO.

HIPERCORPO
O projeto busca apresentar e explorar as relações e configurações do corpo em conexão com as novas tecnologias e as possibilidades de percepção do espaço e do corpo na coexistência entre real e virtual.

O Corpo no Vídeo, o Vídeo na Dança
Bate-papo comandado por Bruna Antonelli, coordenadora do Acervo Mariposa, que tem como objetivo discutir as relações e possibilidades das novas tecnologias e suas aproximações com a linguagem da dança. 50 vagas. Auditório.
Grátis.
Dia(s) 01/10 Sexta, às 19h.
SESC Ipiranga

Interferência Vídeo ­Corpo
O workshop pretende discutir e explorar as possibilidades do vídeo no corpo como outro espaço para a linguagem da dança. Os participantes poderão entrar em contato com a videodança por meio de jogos simples de criação videográfica e projeções de vídeo. Com Rita Tatiana Cavassana, pesquisadora do Acervo Mariposa. 20 vagas. Auditório.
Grátis.
Dia(s) 02/10 Sábado, das 9h às 13h e das 14h às 17h.
SESC Ipiranga

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dança em foco

A videodança ganhou projeção na arte contemporânea por causa do crescimento da experimentação entre as linguagens do audiovisual e a dança contemporânea. Esse aumento da produção vem criando fôlego contínuo, devido ao surgimento de editais e leis de incentivo à cultura que contribuem para a realização e divulgação da videodança.

No Brasil, vários festivais abriram espaço para disseminar novas propostas em termos de dança contemporânea e, a partir disso vários festivais em território nacional promovem as produções brasileiras. Desde 2000, surgiram em alguns estados mostras de videodanças contempladas por editais, que são realizadas no Rio de janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco e em outros estados com menor produção. Festivais como: Projeto Rumos Itaú Cultural, Dança Brasil, Mostra Audiovisual Dança em Pauta, Festival de Dança do Recife, Festival Internacional Novadança são uns dos responsáveis pelo estimulo à videodança no Brasil.

Dança em Foco, evento importante ligado à dança teve início em 2003 e sua edição neste mês de setembro será realizado com apoio do SESC, em São Paulo, oferecendo exibições de videodança, reflexões sobre processo criativo de realizadores da dança, cinema e vídeo, palestras e atividades que colocam em pauta o debate sobre arte contemporânea.  O projeto reunirá produtores nacionais e internacionais em exposição ao público da dança e simpatizantes da linguagem, a partir do dia 14 a 26 de setembro no SESC Pinheiros e SESC Santana.
Maiores informações sobre o festival no site http://www.dancaemfoco.com.br/pt/.

Fábio Jota


terça-feira, 17 de agosto de 2010

O quê?

A expressão pode ser entendida como uma forma física, utilizada para transmitir uma informação, seja ela um instinto, uma idea, uma dúvida, um desejo ou um sentimento. Para transmitirmos a informação, utilizamos o corpo, o som, a narrativa e a imagem. Criamos e aperfeiçoamos técnicas de linguagem.  Este coletivo pretende agrupar as principais técnicas, utilizadas por técnicos de diferentes áreas para pesquisar, produzir e definir as formas mais pertinentes da expressão humana diante da nossa atual sociedade.